BV JUNINA 2024 – Mais que uma festa tradicional, o Maior Arraial da Amazônia representa geração de emprego e renda

O Boa Vista Junina carrega em sua essência a tradicionalidade da cultura roraimense, sendo uma das festas mais esperadas do ano pela população. Mas além de lazer e diversão, o Maior Arraial da Amazônia representa a oportunidade de profissionais de diversos segmentos garantirem renda extra neste período, movimentando a economia local de maneira significativa.

Para costureiras e artistas plásticos que trabalham diretamente com as quadrilhas juninas, essa oportunidade financeira também é símbolo de amor, respeito e valorização. Afinal, para ficar tudo lindo no tablado é preciso experiência, técnica, criatividade e, principalmente, entrega. São meses de trabalho intenso para garantir que, na hora do tradicional concurso, a performance dos grupos esteja alinhada a exuberantes cenários e roupas.

“É gratificante saber que a gente faz parte da história do Boa Vista Junina”

Quem trabalha com arte sabe que os mínimos detalhes fazem a diferença. O artista plástico Rinaldo Noronha, conhecido como Loro, está produzindo cenários para 3 grupos. Já são mais de 20 anos dedicados ao segmento junino e, a cada edição, novos desafios surgem, fortalecendo sua criatividade e seu compromisso em expressar a essência da cultura junina através de suas obras.

Algumas obras são escupidas em tamanhos menores, permitindo que o artista faça projeções em tamanhos maiores, com mais facilidade

O artista recebe os projetos das quadrilhas e transforma materiais como metal, plástico, tecido e madeira em gigantescos cenários. As obras são utilizadas pelos grupos como itens essenciais para contar a história ao público, dando vida ao tema escolhido e deixando a apresentação com aquele ar lúdico e autêntico.

“É é gratificante saber que fazemos parte da história do Boa Vista Junina”, afirmou o artista plástico

Segundo ele, é um período de muita dedicação, mas com retorno positivo em vários sentidos. “É um trabalho intenso, que exige muito da gente. Mas também é gratificante saber que fazemos parte da história do Boa Vista Junina e da evolução da festa ao longo dos anos. Financeiramente é muito bom”, explicou.

“Amo assistir meu trabalho no tablado”

Quem também tem muito orgulho de fazer parte dessa trajetória é a costureira Elza Almeida, de 72 anos. Junto aos membros da família, ela confecciona vestidos e roupas juninas há pelo menos 35 anos. Neste arraial, tem trabalhado diariamente para costurar 128 vestidos de dois grupos juninos.

Há mais de três décadas trabalhando para grupos juninos, Elza não esconde seu amor pelo arraial

Trabalho árduo que, para ela, é símbolo de orgulho. Conforme Elza, durante todos esses anos, nenhum vestido ou roupa confeccionada por ela rasgou no palco. “Faço tudo com muito cuidado e carinho. Amo assistir meu trabalho no tablado. Fico muito orgulhosa e feliz, principalmente quando eles falam meu nome, agradecendo nossa dedicação”, falou.

“Para nós, costureiras, é a melhor época do ano, sem dúvida”, contou a costureira

Elza contou que criou seus filhos costurando. São mais de 50 anos se dedicando a esse ofício que requer muita criatividade e técnica. Para ela, o Boa Vista Junina chegou para valorizar mais ainda seu trabalho. “É uma época maravilhosa, símbolo de muita felicidade. É bom para a cidade e para vários trabalhadores. Para nós, costureiras, é a melhor época do ano, sem dúvida”, disse.

Elza trabalha cuidadosamente em cada detalhe dos vestidos

CONCURSO DE QUADRILHAS – O Boa Vista Junina está marcado para acontecer de 1° a 8 de junho, na Praça Fábio Marques Paracat. O tradicional Concurso de Quadrilhas Juninas será entre os dias 1° e 6, com a participação de 28 grupos. A apuração e resultado das vencedoras será no dia 7. E no dia 8, as classificadas se apresentam, assim como as quadrilhas dos projetos sociais da Prefeitura de Boa Vista.

Fonte notícia/imagen Prefeitura Municipal de Boa Vista – Leia a notícia completa.

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