Confira imagens do ex-senador Telmário Mota preso em Goiás

Foto: Reprodução
Polícia Civil solicitou à Justiça o recambiamento do ex-parlamantar para Roraima
Fonte: Roraima em tempo
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Categoria: Extremo Norte TV

O ex-senador Telmário Mota está preso em Goiás por suspeita de mandar matar Antônia Araújo, mãe de sua própria filha. A prisão ocorreu na noite desta segunda-feira (30).

Polícia Civil de Roraima (PCRR) deflagrou a Operação Caçada Real para cumprir o mandado de prisão contra o ex-parlamentar. Contudo, os policiais não o localizaram.

Telmário foi preso por uma guarnição da Polícia Militar de Goiás, na cidade de Nerópolis e entregue à Polícia Civil. Ele estava sozinho, em um carro e não esboçou reação. Assim, ficará custodiado na Delegacia de Homicídios daquele Estado.

João Evangelista, delegado responsável pelas investigações, informou que está solicitando a autorização judicial para fazer o recambiamento dele para Roraima.

Imagens do repórter cinematográfico Sérgio Márcio da TV Record-Goiás mostram o momento em que os policias levaram Telmário para um viatura.

Confira:

Caçada Real

A prisão de Telmário Mota faz parte da Operação Caçada Real, deflagrada nas primeiras horas de ontem para dar cumprimento a três mandados de prisão, bem como a sete mandados de busca e apreensão.

A Operaçãoda PCRR ocorreu em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima (MPRR), Departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e Força Tática da Polícia Militar e da Divisão de Inteligência Policial da Polícia Civil do Distrito Federal. Várias unidades da Polícia Civil prestaram apoio à Operação.

E Caracaraí os policiais prenderam L. L. C., acusado de ser o executor do assassinato. Em Boa Vista, a Justiça aplicou medidas cautelares diversas da prisão, contra uma assessora do ex-senador.

Com a prisão de Telmário, a Polícia Civil segue as diligências para cumprir o mandado de prisão contra o sobrinho dele, H. N. C. M., apelidado de “Ney Mentira”.

Durante a ação, na fazenda do ex-senador, a Polícia Civil prendeu em flagrante um caseiro que estava com uma espingarda em seu quarto, por posse ilegal de arma de fogo.

No local, apreendeu além da arma, dinheiro, documentos, telefones celulares, ipad, alvos de tiros, bem como quatro projéteis que estavam fincados em uma árvore.

Conforme depoimentos, dias antes do crime houve um treinamento de tiros nesta árvore, pelo executor do crime. A PCRR encaminhou os projéteis apreendidos ao Instituto de Criminalística para comparação balística.

Detalhes do crime

Na tarde de ontem, a PCRR concedeu uma coletiva à imprensa para falar do resultado da operação. Desse modo, o delegado João Evangelista, falou sobre detalhes das investigações. Segundo ele, houve uma série de diligências para apurar o caso.

Conforme o delegado, foi possível observar quem planejou quem teve logística, quem atuou na parte de buscar os executores, como escolheram o dia mais difícil mais propício para a execução do crime.

“Houve um planejamento, houve uma análise de riscos. Eles verificaram as possibilidades, monitoraram, acompanharam, identificaram a rotina da vítima justamente para que a execução fosse realizada com o menor risco de eles serem pegos em flagrante naquele momento. Hoje nós temos a convicção de que os elementos de informação do inquérito apontam pelo menos um executor, que é que foi preso hoje [ontem], um sobrinho do ex-senador Telmário Mota, apontam uma ex-assessora dele e ele, como o beneficiário com a morte, o sujeito no qual, o planejamento foi orquestrado na própria fazenda dele e que provavelmente, tudo leva a crer que ele foi o mandante”, detalhou.

De acordo com o delegado, a motivação da execução do crime diz respeito a uma série de circunstâncias.

“A vítima foi responsável, juntamente com a filha dele, por informações que iniciaram uma investigação policial no ano de 2022 e alcançaram um processo criminal pelo crime de estupro e fez com que ele passasse a ser réu por esse crime. A mãe, no caso a vítima, seria ouvida, seria inquerida, era testemunha daquele processo. Não apenas isso, havia outros processos dando conta de pensão alimentícia e de valores que ela estaria cobrando para ele na Justiça. Então com a morte dela, em tese cessariam essas situações. Por si só, isso nos garante que ele teria sim, motivos para matá-la”, afirmou.

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