Assim como ocorreu na eleição passada, o governador Antônio Denarium (PP) está cercado de marqueteiros indicando qual é o melhor caminho para a reeleição. A diferença é que em 2018 Denarium usou e abusou da imagem do até então candidato à presidência Jair Bolsonaro para ser eleito governador de Roraima.
Vaidoso, amante das redes sociais e dos microfones, o governador tem se distanciado das entrevistas e polêmicas. No lançamento da pré-campanha nesta quarta-feira (11) no CTG, Denarium saiu escoltado do palco ao se deparar com a equipe de jornalismo da TV Imperial. Pelo menos 10 policiais militares fizeram uma barreira humana para blindar o governador da repórter.
Diferente de 2018, o consultor político Gilberto Musto e o marqueteiro Markinhos Show não terão a mesma facilidade para trabalhar a imagem de Denarium. Sem contar que a principal opositora será Teresa Surita (MDB), política experiente e que transformou Boa Vista nos últimos anos. Agora, o governador precisa provar que fez algo nesses quase quatro anos, o que será uma missão e tanto.
Fazendo um resumo rápido sobre os problemas, podemos listar as estradas vicinais destruídas nos quatro cantos do Estado. Assim como escolas sem estrutura mesmo após dois anos de pandemia, Hospital Geral de Roraima (HGR) com goteiras e alagamentos. O bloco E anexo do HGR com falhas técnicas e apresentando problemas no teto e vazamentos. Por fim, milhares centenas de mortes na pandemia quando faltava leitos.
Dinheiro tem
Além disso não podemos esquecer das denúncias de superfaturamento na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) durante a pandemia. Nesse caso a Polícia Federal (PF), bem como o Ministério Público Federal (MPF) investigam a participação de parlamentares. Entre eles os senadores Chico Rodrigues (DEM), Mecias de Jesus (Republicanos), Telmário Mota (Pros) e do deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos). Todos tinham livre acesso a servidores do setor de compras e indicavam empresas a serem beneficiadas, segundo as investigações.
Na sua primeira eleição Denarium tinha a gestão da governadora Suely Campos (PP) como referência para fazer sua campanha. Assim ele potencializou o lema: “Dinheiro tem, o que falta é gestão”. Dessa forma, ele fez uma campanha milionária e conseguiu vencer o finado José de Anchieta no segundo turno.
Agora, mesmo com a máquina na mão, o governador terá que mudar o repertório ensaiado e repetitivo para convencer os eleitores de Roraima de que tem algo a mais para fazer nos próximos quatros anos.