Sem economizar o dinheiro público, os 24 deputados estaduais de Roraima gastram, juntos, quase R$ 6 milhões da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, o polêmico ”cotão”, apenas nos cinco primeiros meses deste ano. O levantamento feito pela reportagem levou em consideração os meses de janeiro a maio, período disponibilizado pela Assembleia Legislativa de Roraima( ALE-RR) no site da Transparência da Casa.
A cota parlamentar é o valor que os membros do poder Legislativo ( Deputados Estaduais e Federais, Senadores e Vereadores) têm direito para cobrir despesas em função da atividade parlamentar. Pra os deputados da ALE-RR, o valor permitido por lei é até R$ 50 Mil mensal.
De todos os 24 parlamentares, Tayla Peres (Republicanos) foi a ”campeã” de gastos com o cotão. Nos cinco primeiros meses deste ano, a despesa da Deputada foi de R$ 253.076,37. Conforme o levantamento, a Deputada gastou em quase todos os meses R$ 51 mil.
Dentre todos os gastos registrados pela parlamentar, o maior foi com a consultoria e assessoria jurídica, exatos R$ 100 mil. Além disso, foram mais de R$ 140 mil somente com serviços gráficos e contabilidade. As demais despesas foram com telefonia (R$ 3.612,77) e internet (506,60).
Com gastos semelhantes a da colega de Parlamento, a deputada Ângela Águida (PP) aparece em segundo lugar no ranking dos deputados que mais utilizaram a cota. Nos primeiros cinco meses deste ano, o valor foi de R$ 252.500,00.
Ângela dedicou boa parte da cota para gastos com pesquisas e consultorias Jurídica, sendo R$ 75 mil para cada finalidade. Ela também fez despesas com serviços de Contabilidade (R$ 40 mil), divulgação(37,5 mil), além de R$25 mil com assessoria de imprensa.
Já em terceiro lugar aparece o deputado e presidente do Pros, Renato Silva. De janeiro a maio, o parlamentar gastou R$ 251.165,79 com diversas finalidades. As informações prestadas por ele na transparência revelam que o maior gasto foi com a divulgação da atividade parlamentar, o eleitoral. Para esta finalidade, Renato Silva já gastou R$ 78.350,00.
Além disso os dados mostram que ele pediu reembolso em despesas como: consultoria e assessoria jurídica(R$ 67.100,00); serviços gráficos(R$40 mil); contabilidade (R$ 35 mil); aluguel de imóvel(R$ 24 mil), além de outras despesas.
Outros ‘gastões’
Assim como Tayla, Ângela e Renato, outros 18 deputados estaduais atingiram o teto máximo permitido de gastos(R$ 50 mil mensal), no entanto num valor levemente inferior aos dos outros três citados. São eles:
Catarina Guerra (União Brasil) R$ 250.779,90;
Eder Lourinho (PSD) R$ 250.000,00
Aurelina Medeiros (PP) 250.564,28;
Soldado Sampaio (Republicanos) R$ 200.000,00;
Chico Mozart (PP) R$ 250.385,21;
Gabriel Picanço (Republicanos) R$ 250.000,00;
George Melo (Podemos) R$ 150.000,00;
Jânio Xingú (PP) R$ 250.000,00;
Jeferson Alves (União) R$ 250.000,00;
Jorge Everton (União) R$ 250.000,00;
Nilton Sindpol (PP) R$ 243.000,00;
Lenir Rodrigues (Cidadania) R$ 250.100,00;
Marcelo Cabral (Cidadania) R$ 250.000,00;
Betânia Almeida (PV) R$ 250.000,00;
Rena Filho (SD) R$ 250.000,00;
Yonny Pedroso (PL) R$ 250.031,00;
Odilon (Podemos) R$ 250.150,00;
Dhiego Coelho (SD) R$ 250.410,52;
Não dispensaram a verba
Fechando a lista dos 24 deputados da ALE-RR, os três restantes tiveram gastos semelhantes aos dos parlamentares já citados na matéria, porém, um pouco inferior.
Estes últimos do ranking foram os únicos a não atingirem o teto máximo de gastos, sendo eles Evangelista Siqueira (PT) R$244.335,45; Neto Loureiro (PMB) R$ 243.000,00; e Coronel Chagas. Somando os gastos de janeiro a maio deste ano, os 24 deputados estaduais gastaram do cotão o valor exato de R$ 5.916,689,54.
