Ex-deputado Jalser Renier volta a ser réu em processo do Escândalo dos Gafanhotos em Roraima

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Decisão é do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Jalser Renier é apontado como um dos líderes do maior esquema de corrupção do estado. Operação 'Praga do Egito' foi deflagrada pela Polícia Federal em 26 de novembro de 2003. Por g1 RR — Boa Vista

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região aceitou um recurso do Ministério Público Federal (MPF) e decidiu dar prosseguimento a uma ação penal contra o ex-deputado estadual Jalser Renier, em um processo do “Escândalo dos Gafanhotos”, maior esquema de corrupção do Estado de Roraima. Com a decisão, ele passa ser réu novamente no processo. A operação “Praga do Egito” foi deflagrada em novembro de 2003.

A redação  tentou contato com o ex-deputado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Assinada pelo desembargador federal Jamil Rosa de Jesus, em acórdão da Corte Especial por unanimidade, a decisão foi proferida no dia 17 de fevereiro, depois que o TRF acolheu uma alegação de inconstitucionalidade ingressada pelo MPF em Brasília.

O processo ocorreu em segredo de justiça e foi publicado no sistema da Justiça Federal na última terça-feira (5).

O recurso aborda os decretos legislativos 006/2010 e 022/2018, que suspendeu ação penal contra o ex-parlamentar, suspeito de peculato. À época das investigações, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou o entendimento da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) de que, por meio de decreto, Renier possuía imunidade parlamentar.

Na decisão, Jamil cita que o MPF “opina pela inconstitucionalidade dos decretos legislativos e pela rejeição da suspensão da ação penal, com seu regular processamento ao argumento de que a única possibilidade de cometimento do crime em julgamento ter sido após a diplomação do parlamentar, pois o crime em questão foi anterior ao atual mandato”.

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