Família de idosa morta em sítio no interior de RR cobra agilidade na investigação: ‘incerteza aterroriza’

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Justina Gema de Santi tinha 64 anos e foi encontrada morta em cima da própria cama, no dia 25 de março deste ano. Familiares afirmam viver "momentos de terror" com a falta de respostas.
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Categoria: Roraima

“Ninguém sabe quem cometeu o crime e nem o motivo, e essa incerteza tem aterrorizado a gente”, é o que afirma uma das filhas de Justina Gema de Santi, de 64 anos, que preferiu não se identificar. A idosa foi morta no sítio onde morava na região do Cantá, Norte de Roraima. A família cobra uma solução para o crime.

Justina foi encontrada sem vida no dia 25 de março deste ano, em cima de uma cama. Além do sítio, ela também era dona de um comércio que ficava às margens de uma rodovia no município. Conforme a filha, até o momento, não houve atualização no andamento das investigações.

“Até o momento a Polícia não tem dado nenhuma resposta e eles só falaram que estão investigando. Fora isso, nada. Agora a gente está esperando deles uma reposta. A gente entra em contato, ninguém responde. Eles pedem para a gente aguardar e só”, relata a filha.

 

Ao longo de um mês, a família já tentou dois contatos com a polícia. Segundo a filha, foram informados de que existem suspeitos, mas que deveriam “apenas aguardar”. Para ela, o que mais assusta é a incerteza e o medo de “uma pessoa perigosa atacar mais alguém na família”.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Roraima informou que o caso é investigado pela Delegacia do Cantá, onde ocorreu o crime. Afirmou que as investigações estão em andamento, e as informações sobre o caso “estão sendo preservadas para não prejudicar os trabalhos”.

“A gente não se sente confiável em andar na rua e saber que tem uma pessoa por aí que matou nossa mãe. Se a gente está correndo risco de vida ou não, ninguém sabe”.

Justina deixou cinco filhos e 10 netos. A filha conta que a mãe, por ser comerciante e dona de terras, recebia diversas ameaças por parte de vizinhos e por diferentes motivos.

“Ela era comerciante, tinha um comercio de beira de estrada e por isso sofria ameaças de pessoas que frequentavam o comércio, de pessoas que tinham terra do lado, pessoas que viam que ela era uma senhora de idade que vivia só, tiravam proveito disso covardemente”.

Desde o dia da morte da mãe, a jovem relata que a família vive “momentos de terror” e pede a prisão da pessoa responsável pelo crime.

“Eu espero que a polícia tome logo as providências para encontrar quem fez isso com a minha mãe, para se aprofundarem mesmo com urgência no caso. A gente quer solução logo para isso e isso tem nos deixado muito atormentados”.

O crime

Justina Gema de Santi foi encontrada morta dentro de casa, em cima de uma cama e com ferimentos na cabeça.

A casa de Justina estava toda revirada quando a Polícia Militar chegou no local, após ser acionada pela filha da vítima, uma jovem de 25 anos. O crime foi na região do Taboca.

Dentro da casa, a PM encontrou um pedaço de madeira.

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