Federal há cerca de 16 anos.
Mecias também deve pagar multa. Já o valor de R$ 1.908.135,20 que ele vai restituir será corrigido monetariamente a contar de janeiro de 2002. Com a condenação, o Senado Federal pode pedir a cassação do mandato do senador.
Agravo
No final de 2020, o parlamentar apresentou um agravo regimental para criar mais provas no processo. Dessa forma, a defesa designou para prestar depoimento, James Serrador, atual presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer).
O “escândalo dos gafanhotos”
O escândalo dos gafanhotos tomou proporções nacionais em 2003 quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Praga do Egito em Roraima.
Desse modo, a PF investigou o desvio de mais R$ 230 milhões de recursos do Governo do Estado através de funcionários fantasmas.
O senador Mecias de Jesus atuava como deputado estadual na época. Sua esposa Darbilene do Vale também faz parte do processo.
Outros envolvidos no processo são: o sogro de Mecias, Alfonso Rodrigues do Vale, bem como o cunhado Danilvon Rufino do Vale.
Da mesma forma, o processo cita ainda o ex-governador de Roraima, Neudo Campos, alé de Diva da Silva Bríglia, Carlos Eduardo Levischi, Rosemary Rodrigues Bezerra e Vitor Miguel Soares Neto.
Mandatos e Patrimônio de Mecias
O parlamentar foi o deputado mais votado em Roraima em 2002, com mais de 4 mil votos. Ficou em primeiro lugar no ranking até a eleição de 2010, quando chegou aos 7 mil. Em 2014, terminou em segundo lugar entre os mais votados.
No ano de 2006, o patrimônio de Mecias de Jesus estava avaliado em R$ 583 mil, sendo o maior bem 800 cabeças de gado. Quatro anos depois, tinha diminuído para R$ 326 mil.
Entretanto, no ano de 2010, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o patrimônio de Jesus estava avaliado em mais de R$ 1,3 milhão. Crescimento de 318% em apenas dois anos, desde a última declaração de bens à Justiça Eleitoral.
Em contrapartida, nas Eleições de 2018, o patrimônio diminuiu para a casa dos R$ 600 mil. Enquanto em 2014, ele declarou o valor de R$ 1,2 milhão.