PF mira organização criminosa com plano de ‘retomar’ controle do maior presídio de Roraima

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Organização criminosa atua dentro e fora de presídios com ordens para que sejam cometidos tráfico de drogas e homicídios. Operação deflagrada ocorre em Roraima, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20) a operação Tabuleiro, com objetivo de desarticular a estrutura regional de uma organização criminosa de atuação nacional envolvida com o tráfico de drogas e outros crimes.

Após a operação presente de Grego, em agosto do ano passado, líderes e outros membros da organização que agiam em postos estratégicos foram presos e a PF identificou que o grupo pretendia, novamente, se reestruturar para continuar cometendo os crimes.

Uma das intenções era retomar o controle da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio do estado.

São cumpridos mais de 82 mandados, sendo 47 mandados de prisão preventiva e 35 busca e apreensão em Boa Vista (Roraima), São Paulo (capital), Uberlândia (Minas Gerais) e Mato Grosso do Sul.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas de Roraima.

Mais de 200 Policiais Federais atuam na operação.

As ações do grupo em Roraima estariam sendo coordenadas por suspeitos em outros estados, em especial por um homem preso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul .

O inquérito policial aponta o descontentamento de lideranças nacionais do grupo com o que seria um “baixo rendimento” das ações criminosas no estado, prejudicadas pela atuação federal na região. Os suspeitos em Roraima foram incentivados a matar mais pessoas e vender mais drogas para subsidiar a compra de mais armas, sendo lembrados, inclusive, que nos anos de 2017 e 2018 eram cometidos até mais de 3 homicídios por semana e que, atualmente, nada ocorria.

Apenas nos últimos três anos mais de 200 colaboradores da facção criminosa foram presos no estado pela Polícia Federal e pela Força-Tarefa de Segurança Pública, coordenada pela PF e integrada pelas polícias Civil, Militar e Penal de Roraima.

Os investigados também mostraram satisfação com o fim da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no estado, com uma expectativa de conseguirem “retomar” o controle da maior unidade prisional de Roraima, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

As investigações seguem em andamento.

O nome da operação faz referência ao modo como os membros da organização criminosa se referem a atividade de identificar criminosos rivais (montar o “tabuleiro”), o que foi feito a eles durante as investigações pela PF.

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