Polícia Civil prende instrumentador cirúrgico por estuprar a enteada
Uma investigação realizada pela equipe da SIOP (Seção de Investigação e Operação) da DPPINE (Delegacia de Proteção ao Idoso e a Pessoa com Necessidade Especial) resultou na prisão preventiva do instrumentador cirúrgico G.P. S., de 47 anos. As investigações apontaram que ele praticou estupro de vulnerável contra a enteada, atualmente com 15 anos. A violência sofrida pela menina vem ocorrendo desde os seus 07 até os 12 anos de idade.
A denúncia contra o investigado veio à tona no último mês de novembro, na escola da garota, que não suportando mais a convivência com o padrasto, decidiu pedir ajuda. A garota passa por acompanhamento especializado, o que inclui apoio psicológico.
De acordo com informações prestadas pelo delegado titular da DPPINE, que preside as investigações, Paulo Henrique Tomaz Moreira, após pedir ajuda na escola, estando em situação de vulnerabilidade, foi acionado o Conselho Tutelar que passou a acompanhar a vítima e registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.
“Essa adolescente procurou ajuda na escola, que acionou o Conselho Tutelar que, por sua vez, fez o primeiro acolhimento. Como estávamos atuando no horário vespertino, quando ela veio até a Delegacia, passamos a presidir as investigações e ouvimos a vítima, na companhia da mãe. Diante das informações, encaminhamos a adolescente para ser submetida a exame de conjunção carnal e restou contatada as lesões da violência sexual, comprovando o relato dela de que vinha sendo abusada desde os 7 anos pelo padrasto”, detalhou o delegado.
Ainda segundo o delegado, no relato da vítima consta que por várias vezes o padrasto a dopou para praticar a violência sexual, evitando assim que ela gritasse e pedisse ajuda. Ela contou também que além da violência sexual, sofria violência psicológica e tinha pavor do padrasto.
O delegado destacou que a menina estava com quadro de depressão e por isso foi encaminhada para atendimento especializado.
O acusado foi qualificado e interrogado e exerceu seu direito constitucional de ficar calado.
“Mas, no dia em que ele foi intimado a depor, vivenciamos aqui um fato curioso. No momento em que o acusado era interrogado na Delegacia, a mãe da vítima apresentou a adolescente para ser ouvida novamente, alegando que ela faria uma retratação, fato também noticiado pelos advogados do acusado. No entanto, durante oitiva da vítima, acompanhada do Conselho Tutelar, ela manteve suas declarações anteriores, relatando a violência Sexual, o que aponta que a adolescente vinha sendo pressionada a mudar seu relato anterior e, com isso, a mãe dela foi ouvida e passou a ser investigada pela especializada”, afirmou o delegado.
O delegado Paulo Henrique ressaltou ainda que várias diligências foram realizadas, o que o levou a representar pela prisão preventiva do acusado, sendo deferida pela Vara de Vulnerável.
“Com o mandado de prisão, após representação, a equipe do DPIPNE intensificou os trabalhos visando capturar o acusado, recebendo o apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, o que obrigou os advogados a apresentarem ele na Delegacia Especializada, após contato telefônico, no final da tarde de ontem.
Após o cumprimento do mandado de prisão, o homem foi submetido a exame de corpo de delito e encaminhado para o Plantão da Custódia da Polícia Civil, sendo apresentado no início da manhã desta quinta-feira (23), na Audiência de Custódia.