Por falta de transporte escolar, alunos não vão á escola

Foto: Folha BV
Secretaria Estadual de Educação e Desporto informou que o serviço está regularizado em todo o Estado e sugeriu que a comunidade procure a gestão da escola
Fonte:
Por: Lucas Luckezie
Categoria: Roraima

Alunos que vivem nas proximidades da BR-431, rodovia federal que liga as vilas Jundiá e Santa Maria do Boiaçu, em Rorainópolis, não conseguem ir às aulas na escola estadual Professor Leopoldo Campelo por causa da falta de transporte escolar, denunciou o tio de dois estudantes.

Segundo o morador, que pediu anonimato, ao menos 35 alunos que vivem na região sofrem com o problema desde o retorno das aulas presenciais na rede estadual. “A gente fica revoltado porque prometem e não cumprem com seus deveres com os alunos. No final de tudo, são nossos filhos que são prejudicados”, lamentou.

A distância entre a localidade onde moram os sobrinhos de 15 e 16 anos do denunciante e a escola da vila Jundiá é de cerca de 40 quilômetros. Com o litro da gasolina vendido a R$ 7,49 na vila Jundiá, fica difícil se deslocar diariamente por transporte próprio para levar os meninos às aulas na localidade.

“É só promessa de vir hoje, amanhã e esse transporte escolar nunca chega. Só fazem falar que está nos trâmites finais e isso vem levando tempo, meses”, reclamou.

“Já estamos no meio do ano, meus professores já estão mudando de série, porque estudo nos 1º e 2º anos da EJA [Educação de Jovens e Adultos] e não pisei um dia de aula ainda. Tá precária a nossa situação”, criticou uma aluna, que também pediu anonimato.

Procurada, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) informou que o serviço está regularizado em todo o Estado e sugeriu que a comunidade procure a gestão da escola para solicitar a inclusão de novas rotas que incluam a localidade. Confira a nota completa:

“A Secretaria de Educação e Desporto informa que o serviço de transporte escolar está regularizado em todo o Estado, inclusive no atendimento de estudantes da Escola Estadual Leopoldo Campelo, na Vila Jundiá.

Esclarece que algumas necessidades pontuais devem ocorrer em função de matrículas novas de estudantes e neste caso, a comunidade deve procurar a gestão da escola e informar para que seja solicitada a inclusão de novas rotas, se for o caso.

Reforça que desde o dia 02 de maio o transporte escolar começou a atender 8 mil estudantes em 401 rotas distribuídas nos 15 municípios do Estado, com a circulação de 600 veículos entre vans, picapes, ônibus e micro-ônibus.”

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