Professores de Mucajaí paralisam nesta terça-feira, reinvidicando reajuste salarial

Foto: Folha BV
Prefeita Eronildes Gonçalves disse que reajuste autorizado pelo governo federal se refere ao piso, e não se trata de reajuste salarial, e confirmou que vai descontar os salários dos servidores que forem à paralisação por considerá-la "irregular"
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Por: Lucas Luckezie
Categoria: Roraima

Os professores de Mucajaí vão paralisar nesta terça-feira (24) para reivindicar, da Prefeitura Municipal, reajuste salarial de 33,24% conforme o novo piso nacional e diálogo sobre a correção da tabela de cargo e carreira do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Além disso, a classe pediu para que os salários dos docentes não sejam descontados por causa da paralisação.

Os profissionais irão se concentrar em frente a uma escola municipal, de onde irão sair em carreata para sede de órgãos como a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a Prefeitura, a Câmara e o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), onde irão protocolar um documento no qual informam a escolha de uma comissão de negociação para tratar das reivindicações.

Documento semelhante foi protocolado pelo grupo em 24 de março, na Prefeitura: um abaixo-assinado com 66 assinaturas para informar que a comissão de negociação está aberta ao diálogo. No entanto, uma das representantes do grupo disse que o Poder Executivo nunca respondeu e chamou a classe para conversar sobre a demanda.

Ademais, a representante acusou a Semed de formar irregularmente uma comissão de negociação, com indicações próprias – sem integrantes escolhidos pela classe – para tratar das reivindicações com a Prefeitura.

Além disso, a integrante da comissão mostrou um documento da Semed entregue nesta segunda-feira (23) à comissão, no qual informa a adequação da tabela de vencimentos e a marcação de falta aos profissionais que participarem da paralisação.

À reportagem a prefeita Eronildes Gonçalves (PL) disse que o reajuste autorizado pelo governo federal se refere ao piso, e não se trata de reajuste salarial. “Nós temos os últimos concursados que estão abaixo [do piso], mas nós já estamos fazendo tudo para enquadrá-los nos 33%. E esses que querem fazer a paralisação estão até um pouquinho acima do piso, dos 33%. Então, não tem lógica quererem fazer paralisação. Não sei se eles não estão entendendo qual é o motivo, porque conversação já teve”, explicou.

Eronildes também ressaltou que a Prefeitura está revendo os valores da Gratificação de Incentivo à Docência (GID). “A gente está tentando ver tudo pausadamente, porque não adianta a gente querer chutar lá na frente e depois fechar as portas do Município”, disse.

“Reajuste salarial não tem nem como pensar agora, progressões, sim. A gente tá vendo. Já mandamos o Projeto de Lei pra Câmara e logo a gente vai aprovar, vai fazer os pagamentos deles, sem crise, sem nada”, acrescentou.

Por fim, a chefe do Poder Executivo confirmou que vai descontar os salários dos servidores que forem à paralisação. “Vamos colocar falta, porque é irregular, eles estão reivindicando uma coisa que não existe”, declarou.

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