Quadra da escola é usada como depósito para cestas básicas e impede aulas de Educação Física, diz denúncia

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Conforme a denúncia, um aluno quase foi atropelado por um dos caminhões de cestas nas dependências das escolas
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Categoria: Roraima

Servidores da Escola Estadual Professor Severino Gonçalves Cavalcante, no bairro Silvio Botelho, em Boa Vista, denunciaram que a quadra da unidade está sendo usada como depósito de cestas básicas para o governo de Roraima.

Conforme as denúncias alunos e professores estão impossibilitados de utilizar o espaço para a prática das aulas de Educação Física.

“A gente não tem o que fazer e a gente não sabe a quem recorrer. Já fomos na OAB, o diretor fez reivindicações, pediu nossa quadra e não foi aceita. Os alunos nos cobram e nós não temos o que fazer. O colégio não tem árvores porque foram cortadas e a gente não pode expor esses alunos ao sol.” disse uma professora.

Campanha

Ainda de acordo com os professores, as cestas básicas são da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes). E quando as famílias de baixa renda vão até o local pedir uma das cestas, recebem a informação de que os alimentos serão destinados para o interior.

“Nós funcionários do colégio não sabemos ao certo qual é a finalidade [das cestas básicas] porque pessoas de baixa renda foram pedir para receber as cestas e disseram que era pra mandar para o interior. Acreditamos que seja campanha política porque chega e sai muitas cestas básicas.”

Em fevereiro a reportagem já havia recebido imagens de viaturas oficiais do governo repleto de cestas básicas pelas ruas da capital. No entanto os veículos pertenciam a departamentos diferentes e não apenas da Setrabes.

Riscos de acidentes

Conforme uma das professoras, na semana passada um dos caminhões que circulam com cestas na quase atropelou um aluno dentro da escola.

“Um aluno foi quase atropelado dentro do colégio no momento da saída. onde ao mesmo tempo o caminhão baú iria sair também.” disse.

Citada

A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima para posicionamento sobre o caso, no entanto, não houve retorno até a publicação da matéria.

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