O início do mês começou mostrando os resultados do avanço da vacinação com redução de mortes e ocupação de unidades de terapia intensiva (UTI) em queda. No dia 2, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que o número de óbitos por covid-19 atingiu o mesmo nível de 9 de março de 2021.
No dia 5, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto prorrogando por mais três meses o pagamento do auxílio emergencial. Com isso, o benefício, que terminaria em julho, foi estendido até outubro.
CPI da Pandemia
No primeiro dia do mês, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouviu o policial militar e vendedor autônomo Luiz Paulo Dominguetti. Ele foi convocado após conceder uma entrevista em que afirmou ter recebido uma proposta de propina para fechar contrato de compra de vacina contra a covid-19, com o Ministério da Saúde. A proposta, segundo Dominguetti, era de US$ 1 pela venda de cada uma das 400 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. No dia 15, foi a vez do representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, citado por Dominguetti, prestar depoimento à CPI. Ele disse que foi procurado pelo então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, para tratar da compra de vacinas.
Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia – Edilson Rodrigues/Agência Senado
No dia 7, Dias foi ouvido CPI e negou as acusações apresentadas por Dominguetti. O ex-diretor, no entanto, confirmou que recebeu e-mail da empresa que ofereceu a vacina indiana Covaxin. Porém, áudios vazados pela imprensa que mostravam uma conversa de Dominguetti com outra pessoa – na qual ele confirma o encontro com Dias no dia 25, quando ambos estiveram juntos no restaurante – levaram o presidente da CPI, Omar Aziz, a acusar Dias de perjúrio e prendê-lo por esse motivo. O ex-diretor só foi liberado somente no fim do dia mediante pagamento de fiança de R$1,1 mil.
Como desdobramento das oitivas da CPI no mês de junho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de inquérito sobre a suposta prática do crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso da vacina indiana Covaxin.
No dia 14, a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades foi ouvida pela CPI. Ela disse não haver ilegalidade na negociação da Covaxin. No dia anterior, amparada por habeas corpus do STF, Emanuela se recusou a responder aos questionamentos dos senadores.
Internacional: saúde do Papa e retirada dos EUA do Afeganistão
No dia 4, o papa Francisco passou por uma cirurgia para retirada parte do cólon. No dia seguinte, o Vaticano divulgou que o pontífice estava em bom estado geral. A operação foi realizada para tratar uma estenose diverticular sintomática do cólon, doença que faz bolsas sobressaírem da camada muscular do colón e a estreitarem. O pontífice deixou o hospital no dia 14.
Criança acompanham bênção dominical do papa Francisco da varanda de sua suíte no hospital Gemelli, em Roma – Reuters/ Vatican Media/Direitos reservados
O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi brutalmente assassinado no dia 7. Depois disso, o país presenciou uma escalada da violência.
No dia 8, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, determinou que o governo retirasse as forças militares norte-americanas do Afeganistão até 31 de agosto.