Servidores da Saúde realizam paralisação por falta de acordo com Governo sobre PCCR

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Sintras destacou que caso não haja uma resposta ou posicionamento do Governo de Roraima, o movimento se estenderá sem prazo para terminar
Fonte: Roraima em tempo
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Categoria: Roraima

Servidores do Estado ligados ao Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Roraima (Sintras) vão realizar uma paralisação de 24h nesta quinta-feira (16). Isto porque não conseguiram chegar em um acordo com o Governo sobre o Plano de Cargos e Carreiras (PCCR).

A reportagem entrou em contato com o Governo ainda na manhã desta terça-feira (13), mas o Executivo não enviou resposta.

Conforme a Comissão da Saúde, a iniciativa tem o propósito de expressar a insatisfação da categoria. Uma das pautas é a falta de transparência do Estado com os servidores. A presidente do Sintras, Marcele Souza Carvalho, defendeu a importância do diálogo entre os dois lados.

“A saúde engloba todos os profissionais da saúde, por isso que é importante a valorização e o diálogo com esses profissionais […] Quase um ano de restrições com relação a qualificação e o pagamento de progressão horizontal e vertical. O Governo anuncia e não paga”, disse.

Marcele também abordou a questão do relacionamento dos servidores com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Ela relatou perseguição aos funcionários.

“A política que vem sendo implantada hoje dentro do Governo, pelo menos na parte da Sesau […] É uma política bélica com o servidor. O servidor não é ouvido, o servidor é perseguido, retirado de local que trabalha […] Se faz alguma reclamação, tem seu contrato suspenso”, pontuou.

A comissão destacou ainda que caso não haja uma resposta ou posicionamento por parte do Governo de Roraima, a paralisação se estenderá sem prazo para terminar.

Redução do efetivo de servidores

Conforme o grupo, durante a paralisação, alguns serviços de saúde continuarão funcionando com uma demanda de profissionais reduzida. Dessa forma, funcionará apenas o Bloco Hospitalar, com 30% do efetivo; a urgência e emergência (UTI/Samu), com 50%; assim como o centro cirúrgico (que vai atender apenas procedimentos de emergência); oncológicas e vacinação.

Motivos

A greve ocorre por motivos que a categoria classifica como “conservação dos direitos dos servidores”. São eles:

  • A não concessão do reajuste de 11% da Revisão Geral Anual de 2022 nas tabelas financeiras de 2023 e 2024 do PCCR da Saúde;
  • O não pagamento das progressões horizontal e vertical e avanço nas carreiras conforme Lei n° 1.475/2021;
  • A não publicação da concessão do Adicional de Qualificação dos processos
    paralisados há mais de 90 (noventa) dias;
  • Decreto do Adicional de Qualificação com efeitos restritos;
  • O não reajuste nas Tabelas Financeiras dos Técnicos de Enfermagem conforme Piso
    Salarial;
  • Exigência de laudo médico pericial para o direito da insalubridade dos profissionais em radiologia, de acordo com a Lei Complementar Estadual 282/2019.

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